A recente vitória de Donald Trump nos Estados Unidos, um ano após a ascensão de Javier Milei na Argentina, colocou o Partido dos Trabalhadores (PT) em alerta sobre o cenário eleitoral de 2026 no Brasil. Preocupado com o avanço conservador global, o PT convocou seu Grupo de Trabalho Eleitoral para uma reunião na próxima semana, com o objetivo de reformular sua estratégia política em busca da reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva.
Líderes petistas apontam para uma tendência de “nova onda conservadora”, mencionando o ciclo que começou em 2015 com a eleição de Mauricio Macri na Argentina e se seguiu com a vitória de Trump nos EUA em 2016 e a ascensão de Jair Bolsonaro no Brasil em 2018. Para evitar um novo revés, o partido busca agora ampliar alianças com setores da centro-direita e já cogita encerrar sua federação com o PCdoB e o PV, o que flexibilizaria pautas de costumes e permitiria maior proximidade com o “centrão”.
Presidido pelo senador Humberto Costa (PE), o Grupo de Trabalho Eleitoral é composto por membros da executiva nacional e lideranças locais do PT, responsáveis por traçar um diagnóstico político de cada estado e do Distrito Federal para orientar as decisões do Diretório Nacional.
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