Maurão de Carvalho, ex-presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE-RO), foi preso nesta quarta-feira (12) em Porto Velho após decisão judicial definitiva. Ele foi condenado a 11 anos e 7 meses de prisão por peculato e lavagem de dinheiro em um esquema que desviou mais de R$ 11 milhões dos cofres públicos entre 2004 e 2005.
Operação do Gaeco Culmina na Prisão de Ex-Parlamentar
A prisão de Maurão de Carvalho foi realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), ligado ao Ministério Público de Rondônia (MP-RO). O ex-deputado teve sua condenação confirmada pelas Câmaras Especiais Reunidas do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia (TJRO), após o caso transitar em julgado, ou seja, não há mais possibilidade de recurso.
Esquema Milionário de Desvio de Verbas Públicas
De acordo com as investigações do MP-RO, Maurão de Carvalho fazia parte de um esquema criminoso que envolvia quase todos os 24 deputados estaduais eleitos à época. Entre junho de 2004 e junho de 2005, o grupo desviou mais de R$ 11 milhões dos cofres públicos. Os recursos eram destinados ao pagamento de funcionários fantasmas e outras fraudes contábeis.
O esquema foi alvo da Operação Dominó, deflagrada em 2016. Na ocasião, a Justiça condenou 16 ex-deputados estaduais e outros nove réus pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro. A operação revelou uma rede de corrupção estruturada dentro da própria Assembleia Legislativa.
Histórico Político de Maurão de Carvalho
Maurão de Carvalho ocupou o cargo de presidente da ALE-RO no biênio 2015-2017, sendo uma figura influente na política rondoniense. Sua prisão marca um capítulo decisivo nas investigações sobre o escândalo de corrupção que abalou a credibilidade da instituição legislativa estadual.
Apesar de ter recorrido da sentença inicial, a decisão transitada em julgado selou seu destino jurídico. Agora, ele deve cumprir pena em regime fechado, conforme determinação do TJRO.
Impacto para a Política Local
A prisão de Maurão de Carvalho reforça a atuação do Gaeco no combate à corrupção em Rondônia. Para especialistas, a operação demonstra a importância de mecanismos de controle e transparência nas instituições públicas.
"Essa prisão é um alerta para políticos que insistem em práticas corruptas. Mostra que, mesmo com recursos judiciais, a justiça pode prevalecer," afirmou um analista político ouvido pela reportagem.
Além disso, o caso reacende debates sobre a necessidade de reformas administrativas e éticas nos poderes legislativos estaduais, visando evitar novos escândalos como o da Operação Dominó.
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