Uma cabeleireira de 27 anos foi agredida fisicamente e teve seu salão de beleza vandalizado pelo marido após descobrir uma suposta traição por meio de mensagens no WhatsApp. O incidente ocorreu na noite de domingo (09), no bairro Jardim Santana, zona Leste de Porto Velho (RO).
A vítima relatou à polícia que, ao verificar o celular do marido, encontrou conversas comprometedoras com outra mulher. Indignada, ela confrontou o companheiro, momento em que foi surpreendida com uma série de agressões físicas, incluindo socos e enforcamentos.
Além das agressões contra a esposa, o homem, de 32 anos, destruiu objetos pessoais da cabeleireira, como um aparelho iPhone, e causou danos significativos ao salão de beleza localizado na frente da residência do casal. Testemunhas afirmam ter ouvido gritos durante a confusão, mas não intervieram por medo de represálias.
A Polícia Militar foi acionada para atender a ocorrência, mas o suspeito já havia fugido do local antes da chegada dos agentes. A cabeleireira foi orientada a registrar um boletim de ocorrência na Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (Deam), onde o caso será investigado.
Casos como este reforçam a importância de políticas públicas voltadas ao combate à violência doméstica. Em Rondônia, a Deam tem desempenhado um papel crucial no atendimento a vítimas e na responsabilização de agressores. No entanto, especialistas alertam que muitas mulheres ainda enfrentam barreiras culturais e emocionais para denunciar seus agressores.
Segundo dados do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, casos de violência doméstica aumentaram significativamente nos últimos anos, especialmente em contextos de relacionamentos abusivos. Advogados especializados em direitos das mulheres destacam que a Lei Maria da Penha oferece proteção integral às vítimas, mas sua eficácia depende de denúncias formais e acompanhamento jurídico.
O marido da cabeleireira ainda não foi localizado pelas autoridades. A polícia trabalha para identificar seu paradeiro e aplicar as medidas cabíveis, que podem incluir prisão preventiva e medida protetiva em favor da vítima.
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