Em um caso que expõe a face mais sombria da violência contra menores, a Justiça de Rondônia emitiu esta semana uma decisão que reafirma o compromisso das autoridades com a proteção infantil. Um policial militar e sua esposa foram condenados por uma série de crimes sexuais contra três crianças indefesas em São Francisco do Guaporé.
A investigação revelou um cenário perturbador: o homem abusava de uma menina de apenas 11 anos na presença dos próprios filhos, crianças de 1 e 3 anos, enquanto registrava em vídeo os atos criminosos. A esposa não apenas tinha conhecimento dos fatos, mas participava ativamente das violações.
De acordo com o Ministério Público de Rondônia, os abusos ocorreram sistematicamente entre 2020 e 2023. A principal vítima era filha de uma conhecida do casal, enquanto os filhos biológicos dos condenados eram forçados a testemunhar as agressões. Investigadores descobriram ainda que o casal mantinha relações sexuais deliberadamente na presença das crianças.
A operação "Inocência Perdida", deflagrada em janeiro de 2024, resultou na prisão dos suspeitos. Na ocasião, a Polícia Militar informou que o agente estava detido em uma unidade da Corporação em Porto Velho e que procedimentos administrativos disciplinares foram iniciados contra o soldado.
O desfecho do processo criminal resultou em uma condenação exemplar: 62 anos de reclusão para o policial, por crimes que incluem estupro de vulnerável, produção de material pornográfico infantil e satisfação de desejos sexuais na presença de menores. A esposa recebeu sentença de 15 anos de prisão por sua participação nos crimes.
Esta sentença representa um importante passo para a justiça e a proteção das crianças, reafirmando que nenhum criminoso, independentemente de sua profissão ou posição social, está acima da lei quando se trata de violência contra os mais vulneráveis.
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